"É um bom trocadilho para nome de restaurante", pensou o proprietário. E assim o registrou: Kafka no Palito. Cada dia da semana, um evento diferente. Terça, dança do ventre; quarta, futebol e assim em diante. Resolveu criar também um dia de discussões de filosofia e literatura, para assim justificar o nome do lugar. Quinta-feira.
Nos três primeiros dias da semana o movimento foi ótimo. Curiosos, casais e famílias foram provar a tal "comida árabe com algo mais". Mas poucas pessoas foram ao Kafka no Palito no dia da filosofia. E nem discutiram nada, apenas comeram e foram embora.
O dono achou estranho e resolveu acompanhar o movimento do mês. As cenas se repetiram. Conclusão: ninguém sabia quem era Kafka. Aborrecido, o homem decidiu passar desenho animado na quinta e aquilo virou o paraíso da criançada. Ah, ele também trocou o nome do restaurante, que agora é Kafta no Palito. Mas ninguém reparou.
O dono achou estranho e resolveu acompanhar o movimento do mês. As cenas se repetiram. Conclusão: ninguém sabia quem era Kafka. Aborrecido, o homem decidiu passar desenho animado na quinta e aquilo virou o paraíso da criançada. Ah, ele também trocou o nome do restaurante, que agora é Kafta no Palito. Mas ninguém reparou.
FIM
Deborah O'Lins de Barros
Itajaí, 24/02/2010