Não sou uma princesa,
elas não valem meio poema.
Porém, nem meio poema dedicaram a mim.
Fundei, sozinha,
a minha própria sociedade epicuréia.
Sou uma poetisa, viva,
à espera de poetas mortos.
Não tenho sido exigente,
quero apenas alguém que me ame docemente.
Não quero que me salvem,
ou que me levem para um palácio... até porque...
todos os meus heróis foram vencidos pelo tempo.
E todos os meus poetas
são esguios e desarmados.
dedicado ao meu poeta-morto favorito
(Rio de Janeiro, 22/02/2005)