sábado, 9 de março de 2013

me deixe morrer em seus braços


Não é a respiração suspensa
            o click
            o leve sorriso
            a lágrima incontrolada
            a vontade do toque,
amor por arte?

E não seria o conter os dedos
                      o curvar a alma
                      o despir-se por dentro
                      o dialogar com o que se sente
                      a satisfação dos olhos,
a nossa mais sincera entrega?

Então se pode extrair arte de qualquer coisa.
Qualquer coisa que me faça querer ser ela.
Qualquer coisa que me faça querer pedir
por favor
para que me deixe morrer em seus braços
enquanto ouço as saborosas palavras
que emanam.

Deborah O'Lins de Barros
na ensolarada tarde de 15 de fevereiro de 2013.