quarta-feira, 30 de março de 2016

A imagem-antes-da-imagem (fragmento)


(conectando Filosofia contemporânea com Museologia depois de uma aula sobre David Hume)

Se a "coisa eu" só existe enquanto uma ficção forte que crio para existir para mim mesma, como sei que sou? A identidade pessoal, criada a partir de fragmentos que apreendo do mundo externo/sensível é, portanto, variável. Então não-sou, sou, des-sou e re-sou permanentemente. A única coisa que fica é a mudança.

O que é a imagem antes da imagem? Que pré-imagem é essa? A imagem que esse "eu não configurado" vê? A imagem antes da imagem pode ser pura? O "eu já configurado" pode "identificá-la"? A imagem-antes-da-imagem, então, não é. Pois, se só sou com um externo à minha volta, manchando-me e fazendo com que crie minha identidade, antes disso a imagem não é nada, não se fixa. Ela passa batida até que a identifiquemos e a signifiquemos em nós, fazendo com que essa imagem-antes-da-imagem se torne a imagem como "vemos", com nossos olhos de um "eu já configurado".

As coisas me causam significação/identificação e assim construo minha identidade pessoal. E esse "eu manchado" significa as coisas. É isso? Acredito que seja um possível, tomando por base a frase de Edgar Degas "arte não é o que você vê, mas o que você faz os outros verem".

Rio, 29/03/2016

domingo, 13 de março de 2016

colagens

Este blog está de prova: a poesia me levou ao livro (enquanto objeto), que me levou até a encadernação (enquanto estrutura), que me levou à busca de conhecimentos sobre o papel (enquanto ofício), que me levou à colagem (enquanto prazer), que eu curtia desde antes de mergulhar na poesia. Série Rio Antigo: todas as Deborahs concordam que este é o tema mais deborianoh ( :-P )

"Amarelinho da Cinelândia"

"Jean Baptiste Malta I"

"Jean Baptiste Malta II" 

"Jean Baptiste Malta III"