sexta-feira, 30 de julho de 2010

outros carvanais - cédulas falsas em 1873

o curioso caso da cédula falsa

Olha só o que eu achei!

Recorte de jornal com data de 1873, encontrado colado na parte interna da capa do livro Repertorio da Novissima Reforma Judiciaria, typ. Franco-Americana, 1872.

Cedulas falsas – Eis o resultado do exame que os peritos procederão no Rio Grande na cedula falsa de 500$, perante o Sr. delegado de policia capitão Manoel Mathias da Terra Velho:

1ª série – 4ª estampa

1.ª – A nota em geral é mais acanhada do que qualquer outra da mesma série
2.ª – O trabalho é todo aspero, notando-se-lhe muita imperfeição.
3.ª – O branco do centro, assim como a tarja, são muito menores do que as verdadeiras.
4.ª – O algarismo 500 em letra verde e, além de menor, muito mais carregado.
5.ª – Os quatro algarismos 500 em letra verde, que ornão os quatro flancos da nota, são menores do que nas verdadeiras.
6.ª – Na primeira figura da vinheta do centro, nota-se que o braço esquerdo que segura a Cornucopia é mais fino e mais tezo do que nas verdadeiras.
7.ª – Na mesma vinheta e no lado direito da mesma figura, nota-se que o banquinho sobre que descança o cortiço está mui confuso, o que não se dá nas verdades.
8.ª – O algarismo 500 que em letras microscópicas está escripto no mesmo banquinho, é incomprehensivel, ao passo que nas verdadeiras é mais claro.
9.ª – Na vinheta do lado esquerdo nota-se no peito da figura dois pontos negros, que não tem nas verdadeiras.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

frases espirituosas de Madame Marie Stampf-Heinderberg da Bélgica

"Conhecer o seu príncipe encantado é um sonho. Encontrar o cabelereiro perfeito é uma utopia."

Madame Marie Stampf-Heinderberg da Bélgica é colaboradora do jornal Paperback Writer News, de Liverpool.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

textinho de segunda - moedas

moedas

Uma prostituta e uma senhora. A primeira é cara, a segunda, corôa.
:-)

Deborah O'Lins de Barros
10/07/2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

era uma vez um estressado

Era uma vez um homem que não conhecia a palavra tolerância. Não admitia falta de educação. E não prestar atenção por um único instante era falta de educação. O julgamento e a sentença vinham imediatamente, sem dó, nem piedade. Sempre.

Foi trabalhar em uma loja. O primeiro dia foi bem tranquilo, com novas tarefas e coisas para aprender. O segundo foi meio chato, pois ele não podia simplesmente fazer as coisas do seu jeito, tinha que ser daquele jeito. Mas o homem foi engolindo... até que no terceiro dia...

- Bom dia...
- Não obrigada, só estou olhando.
- Mas eu te dei bom dia, sua ignorante! Não perguntei se ia comprar alguma coisa.

Foi demitido. Por justa causa.

fim

Deborah O'Lins de Barros
16/07/2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

grande novidade...

Onde está a graça?

"Em qualquer lugar, menos na televisão. De um tempo para cá estamos observando que as novelas começaram a procurar o caminho do humorismo. Dia a dia as produções se renovam e o setor de telenovela melhora sensivelmente em nossa tv. É certo que algumas chegam a contrariar essa afirmação, mas em sua maiorioa a novale merece toda a atenção do público. São bem feitas, os atores trabalhama bem e não raras vezes superam muitas produções cinematográficas estrangeiras. A novela no entanto vem preenchendo indiretamente uma lacuna que há muito precisa de renovação - o humorismo. Não temos nada na tv que se possa realmente chamar de humor. Fora alguns programas, mencionados como humorísticos: Chico Anísio, Faça Humor..., Bronco Total, e até mesmo Moacir Franco, que no fundo é um musical, não encontramos nada de novo. Estão em plena decadência os textos apresentados. Todos superados. Todos cheirando a mofo e recolhidos dos mais profundos arquivos. Não se encontra piada nova, se adpapta piada antiga. Hoje está tudo reduzido a "fichários" onde os redatores, com honrosas exceções procuram alimento para suas produções. Podem observar os mais otimistas que num programa humorístico produzido pela Globo, por exemplo - a técnica e a versatilidade do artista, superam totalmente o texto. O mesmo acontece com Golias. O excelente comediante pelos seus saques consegue salvar o programa que lidera as audiências em São Paulo às quartas feiras, mas também é só."

Coluna Sem Blá Blá Blá! - Ferreira Netto
Revista Amiga TV Tudo n.118, 29 de agosto de 1972.
*****

Pois é... acreditem ou não, eu li isso numa revista dos anos 70. E desde aquela época, estavam em busca de uma renovação do humor nacional. A minha geração conhece quase tudo o que já estava batido em 1972. As mesmas piadas, personagens e atores. Se a gente ler apenas parte do texto, a impressão que temos é que é uma crítica ao Zorra Total. E quando é que vamos parar de dar ibope para essas porcarias, como uma greve em prol de piadas (boas e) realmente novas? Às vezes fico com pena dos atores, será que não cansam de falar toda semana a mesma coisa, por anos seguidos? Ou de repetirem bordões seculares? Eu não conseguiria. O que me faz pensar que eles o fazem não apenas por amor às arte dramática, mas por "estarem pagano..."

Deborah O'Lins de Barros