quinta-feira, 4 de junho de 2009

poesia autobiográfica [1]

Poesia pode falar de qualquer coisa. Essas, no caso, falam de mim. São meus sentimentos sem metáforas, são crônicas em verso. Confissões, declarações. Como diria Fred Krueger, bem-vindo ao meu mundo!
Auto-análise do dia - Eu e o Teatro :-) :-(

Bastidores de mim

Sinto saudade
Do silêncio de luz
Atrás do palco;
Do breu de palavras
Nas cochias;
Dos contra-regras,
Cenários antigos,
pedaços de figurinos usados,
Espalhados.

Sinto saudade
De odiar o cheiro
Do gelo seco;
E de amar a recepção
Nos camarins.
Olhares parabenizando,
Olhares agradecendo...
Mas eu não nasci para o teatro
E o teatro não nasceu para mim.

...

Não, eu não sou uma atriz... embora ame essa atmosfera, sou egoísta demais para escolher um personagem apenas: a vantagem de escrever é que posso ter tê-los todos para mim!!
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3 comentários:

Telma Scherer disse...

Oi Deborah! Parabéns pelo blog! Às vezes acho muito mais fácil ser ator do que poeta, pois ator desveste o personagem e vai dormir... Não? Cada qual com a sua expressão, mas eu bem que gostaria de me desvestir de mim mesma por algumas horas, pra isso, vou ao teatro! Cada qual com a sua maravilha. Bjs bjs

Deborah O'Lins de Barros disse...

que honra!! a musa Telma Scherer comentando meu humilde blog :-)

sobre se desvestir, tenho um quê de Pessoa, modéstia à parte. Tem a Deborah Oliveira Lins de Barros, uma jovem carioca que mora em SC, tem a Deborah O'Lins de Barros, escritora apaixonada por Álvares de Azevedo, tem a Dedeí, que, com suas duas irmãs mais novas, azulcrinaram a rua Itabaiana 88 nos anos 90 :-) e tem a Deborah sem acento no E e com H depois do A, sorridente e meio tímida. todas nós convivemos muito bem dentro da mesma carcaça :-)

Ricardo Steil disse...

Ficou linda a poesia Deborah, parabéns!